quinta-feira, janeiro 19, 2006

Noite sem fim

Gotas caem pela vagem ressecada
Corcoveiam entre os ventos,
Entre os galhos, tece a escada
E por estes caminhos suspensos
Trama entre os flocos de gelo
Entre o orvalho, pela relva,
A saracotear na madrugada...

És o destino, o pranto sem apelo,
Mais um dia, mais uma noite
Não mais a mão que açoite
Agora, apenas a selva
Abarrotada dos ímpios injulgados.

...e a noite não tem fim.

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