sábado, fevereiro 14, 2004

Um olhar,
A ví­tima desatenta,
Adentra às máculas,
do não surgir,
do chover ao vento corrente
da mão a urgir
abraço fraterno...
Há um dia,
Uma eterna manhã passageira,
Passageiro das desilusões terrenas...

Acompanhante da calmaria a avançar,
A cair sobre a lua derradeira,
A saltar sobre os penhascos crescentes à frente,
Atroz,
Doutros rumores sós
Ou acompanhados das desilusões,
Dos amores não vividos,
Da tua,
Da viela cadante de paixões...

De luas que ofuscam os olhos dos desavisados,
A alma salta às mãos
Dá àqueles cuja vida, cuja esperança se foi
As vozes da loucura...

Caiam-te massa da dor,
Da obscuridade
E faça da alça da chuva ácida,
De ódio,
De ardor,
Águas áureas dos prazeres,
Da humanidade,
Do amor digno de todos...