Quem se importa?
Quem se importa?
Se à face torta
Da lâmina cega corta
Os esguios laços,
Unificadores pássaros
A baterem à porta
Dos engodos, joguetes,
Dos nascentes já mortos,
Estes muitos, corpos
De grafia obtusa,
De alma reclusa
Em traços presentes,
Em significados incoerentes...
Quem se importa
Se a palavra ja está morta?
terça-feira, janeiro 24, 2006
quinta-feira, janeiro 19, 2006
Noite sem fim
Gotas caem pela vagem ressecada
Corcoveiam entre os ventos,
Entre os galhos, tece a escada
E por estes caminhos suspensos
Trama entre os flocos de gelo
Entre o orvalho, pela relva,
A saracotear na madrugada...
És o destino, o pranto sem apelo,
Mais um dia, mais uma noite
Não mais a mão que açoite
Agora, apenas a selva
Abarrotada dos Ãmpios injulgados.
...e a noite não tem fim.
Gotas caem pela vagem ressecada
Corcoveiam entre os ventos,
Entre os galhos, tece a escada
E por estes caminhos suspensos
Trama entre os flocos de gelo
Entre o orvalho, pela relva,
A saracotear na madrugada...
És o destino, o pranto sem apelo,
Mais um dia, mais uma noite
Não mais a mão que açoite
Agora, apenas a selva
Abarrotada dos Ãmpios injulgados.
...e a noite não tem fim.
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